Editorial – A retomada do nosso jornal

Maria Eduarda Franco

Caro(a) leitor(a),

A nova edição do jornal MeccAtitude está incrível! Isso porque esta edição é uma retomada depois de uma pausa de quase quatro anos, por conta da pandemia de Covid-19.
O tema desta edição é fake news e, por isso, queremos alertar você, leitor ou leitora, que fake news não é brincadeira!
Você já ouviu falar, foi vítima ou até mesmo, alguma vez, compartilhou fake news? Em sua opinião, a fake news pode trazer problemas graves?
Sabemos que uma fake news se espalha de uma forma muito rápida, como, por exemplo, nas correntes de Whatsapp. Assim, na reportagem ao lado, você vai encontrar conhecer os resultados de uma pesquisa com os alunos do Mecca sobre o que acham das fake news.
Falamos, ainda, sobre a Sala de Leitura e de como ela foi reformada, entrevistas com membros do grêmio e como eles estão agindo para melhoria da escola, entrevistas também com professores, mudanças no Ensino Médio para 2024, uma incrível resenha de filme, um ótimo artigo de opinião, notas, curiosidade, charge, tirinha e uma bela crônica sobre a fake news.

Boa leitura!

Reportagem – A fake news nossa de cada dia

Pesquisa revela comportamento dos alunos do Mecca diante de notícias falsas

Mirella de Sá e Lucas Gabriel Perez

No ano de 2023, tivemos uma noção de como as fake news podem afetar negativamente a sociedade e o perigo que uma notícia falsa pode gerar. Porém, como chegamos a esse ponto?
Fake news vem da junção de duas palavras: “fake” (falsa) “news” (nova[s] ou novidade, mas neste caso, entendemos como “notícia”). Assim, temos a expressão “notícias falsas”.
Quando se popularizou? Em 2016, mais precisamente. A imprensa internacional começou a usar com mais frequência o termo fake news durante a eleição nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente.
Na época em que o republicano Trump foi eleito, algumas empresas especializadas identificaram uma série de sites com conteúdo duvidoso. A maioria das notícias divulgadas por esses sites explorava conteúdos sensacionalistas, envolvendo, em alguns casos, personalidades importantes, como a adversária de Trump, a democrata Hillary Clinton. Naquele momento as redes sociais já estavam repletas de notícias falsas.
No Brasil, para se ter uma ideia sobre o impacto das fake news, estudos de 2022 revelaram que um a cada quatro brasileiros afirmam receber fake news diariamente. Essa mesma pesquisa, em escala mundial, divulgada pela Poynter Institute, em parceria com o Google, apontou que mais da metade (62%) dos entrevistados de vários países acreditam receber fake news semanalmente. O número envolve homens e mulheres (acima de 18 anos) que são mais propensos a se enganar por não estarem muito ligados ao verdadeiro conhecimento e se aquela informação é verídica ou não.
No Brasil, durante a pandemia de Covid-19, uma fake news, entre tantas, espalhou que a vacina anticovid, que, por ser estrangeira, poderia causar uma reação e transformar as pessoas em jacarés. Definitivamente, estranho e absurdo.

Pesquisa revela percepção dos alunos
O Jornal MeccAtitude realizou uma pesquisa no Mecca a fim de conhecer a percepção dos alunos sobre o tema e os resultados são bem interessantes. No total, foram ouvidos 60 estudantes, sendo que 95% afirmaram saber o que são fake news. Desses, a grande maioria, 88%, já receberam alguma notícia falsa, e a maioria, 75%, teve acesso a ela por meio da internet; outros 25% receberam pessoalmente.
Das plataformas mais repercutidas, o Whatsapp está em primeiro lugar com 48% das pessoas que já receberam fake news. Outras plataformas que constaram na entrevista estão: Instagram, 26%; Twitter, 11%; Facebook, 4%; YouTube, 3%; Tik Tok, 2%; e outros, 2%.
O MeccAtitude quis saber ainda sobre como os estudantes reagem ao receber uma fake news. A melhor atitude, para 46%, é simplesmente ignorar. Outros 40% preferem verificar a fonte de informação. No entanto, há aqueles que leem e repassam a fake news, sendo 16%. Entretanto, ao observarmos o comportamento separadamente entre alunos e alunas, os resultados revelam que as meninas são mais preocupadas em verificar notícias, 41%, do que os meninos, 30%. Das meninas, 16% tendem a denunciar ao passo que nenhum menino afirmou que faria o mesmo.
Existem vários meios de combater fake news, basta ser uma pessoa consciente e não repassar, ignorar e ainda denunciar essas correntes de pura discórdia.

Notícia – Sala de Leitura reformada

Gabriel Costa

Em 2022, a antiga Biblioteca da escola Mecca e atual Sala de Leitura foi reformada para o melhor uso do espaço, como interação com alunos, reuniões e para elaboração de projetos.
Os alunos, do 6° ano do Ensino Fundamental até a 3° série do Ensino Médio, podem utilizá-la para a leitura e também para pegar livros emprestados, com o prazo de 7 dias a 1 mês para a devolução, dependendo do seu tamanho, de forma muito fácil e totalmente gratuita.
A Sala de Leitura conta com mais de 2 mil livros à disposição, sendo eles crônicas, biografias, contos e estudos de várias matérias e demais gêneros textuais.
A Sala de Leitura fica aberta no horário da manhã, das 7h45 às 10h30, com a professora Juliana Abreu, e nos horários da tarde e noite, das 13h às 21h, com o professor Edinilson dos Santos.
Segundo o coordenador Jones Mendes,o espaço é adequado para receber alunos e professores no melhor de seu aproveitamento, como a elaboração e andamento de projetos interdisciplinares. Ele acredita que tais projetos poderiam ter três passos: participação interdisciplinar entre professores, busca por uma maior divulgação da importância da leitura e a definição de nota de participação nas matérias dos professores participantes.

Notícia – Novidades no Ensino Médio

Roberta Piovezan

O Ensino Médio Paulista em 2024 terá mudanças. A Matriz Curricular terá novos componentes curriculares e aumento da carga horária, com aulas de Expansão e Ensino Médio Técnico. Assim, será oferecida a parte de Formação Básica Geral (FGB), com disciplinas obrigatórias. Já os Itinerários Formativos (IF) terão uma parte comum e outra de aprofundamento.
Os IF são: Matemática e Ciências da Natureza e suas tecnologias (MAT/CNT), Linguagens e suas tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (LGG/CHS) e formação técnico-profissional. O novo Ensino Médio contará com 2400 horas.
A novidade é que na parte comum serão oferecidas aulas de Educação Financeira, Tecnologia e Robótica, Aceleração para o Vestibular e Redação e Leitura. Na parte de aprofundamento de LGG/CHS, haverá Arte e Mídias Digitais, Liderança, Oratória, Geologia e Filosofia e Sociedade Moderna. E no aprofundamento de MAT/CNT: Empreendedorismo, Biotecnologia e Química Aplicada.

Notícia – Grêmio estudantil fala sobre projetos

Emilly Silva

O grêmio estudantil da escola Padre Romeo Mecca, desde sua posse, planejou realizar vários projetos, como dias festivos, jogos e brincadeiras, entretanto, segundo a direção da entidade, tiveram que ser cancelados por falta de colaboração e envolvimento.
Até o final do ano, o grêmio pretende tentar realizar um campeonato esportivo interclasses com as turmas que estiverem com mais de 80% de frequência.
Outra proposta é promover a formatura dos alunos do terceiro ano do Ensino Médio. Além disso, durante o ano, o grêmio estudantil publicou sete edições do jornal da entidade, Gazeta do Mecca, com informações relevantes para a comunidade escolar.
Segundo a diretora do grêmio, Geovana Cristina, “estar à frente do grêmio tem sido uma experiência realmente única, um pouco estressante mas única”.

Notas – O AEE no Mecca

Geovanna Silva

O AEE (Atendimento Educacional Especializado) é um conjunto de serviços pedagógicos oferecidos a estudantes com necessidades especiais, visando promover a inclusão e o acesso, participação e aprendizagem desses estudantes na escola.
Ao todo no Mecca são atendidos 6 alunos, 5 no período da tarde e 1 no período da manhã. As profissionais do AEE sugerem atividades aos professores e disponibilizam uma cuidadora para ajudar o aluno com suas necessidades específicas.

Alura: educação online

Alura é uma plataforma online de educação que oferece cursos e treinamentos nas áreas de tecnologia, programação, design, marketing digital e negócios. Ela possui uma variedade de cursos e trilhas de aprendizagem para as pessoas adquirirem novas habilidades e se atualizarem profissionalmente. A plataforma foi lançada em 2021 e, desde então, vem crescendo e se tornou uma referência no mercado de educação online.

Crônica – Morrendo sem saber

Anderson Macedo

Em um belo dia indo para o trabalho, vi pessoas colocando flores na frente da casa de um cantor muito famoso. Estranhei aquela atitude e fui perguntar para uma moça o que estava acontecendo. Ela me disse que esse cantor havia falecido e na hora fiquei assustado com a notícia. Ela falou ainda que soube disso através de uma publicação de uma página de fofoca nas redes sociais e rapidamente foi à casa dele prestar homenagem já que era muito fã do artista.
Nisso fui para o trabalho normalmente e lá dei a notícia para todos os meus colegas e a reação deles foi a mesma que a minha: assustados com tal acontecimento.
Na hora do almoço como de costume, fui a um restaurante perto do meu trabalho. Chegando lá, avistei o cantor que supostamente tinha morrido e fiquei assustado novamente.
No final das contas, vi que aquilo se tratava de uma fake news e eu, ingenuamente, a havia repassado para a frente. E preciso realmente muito cuidado com as fakes, elas matam as pessoas sem elas mesmas saberem.

Artigo de opinião – Os males das fakes

Laura Venancio

A expressão fake news, geralmente traduzida como notícia falsa (o que já denuncia a ideia ao termo se refere), são notícias que não se baseiam em fatos nem na realidade, entretanto, é apresentada como verdadeira. No Brasil, houve uma explosão de casos de fake news em 2020 em torno de um tema principal: a Covid-19, e que fizeram muitas vidas serem perdidas. Sendo assim, as notícias falsas são um desserviço à sociedade e trazem muitos problemas, sejam individuais ou até ao nível de um país inteiro.
Essas notícias mentirosas carregam consigo impactos negativos na saúde pública, na moral das pessoas, no cenário político, além de criar confusão e desacreditar instituições sérias.
Há quem defenda a ideia de “liberdade de expressão” para poder espalhar essas notícias falsas, porém, isso acarreta o direito de dano moral indenizável, por abuso do direito à liberdade de manifestação do pensamento, pois pode causar danos irreparáveis às pessoas.
Agora na pós-pandemia, a questão das fake news é algo que deve continuar a ser pensado, debatido e, principalmente, combatido pelas consequências que ela traz para a sociedade.